33 mil jornais e sites contra a lei de Cristina
A Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN, na sigla em inglês) condenou “energicamente” a lei que autoriza o governo argentino a controlar o mercado de papel para diários. A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) também desaprovou a medida e classificou como “perversas” as intenções do governo de controlar a liberdade de imprensa com a nova lei. A organização disse esperar que a legislação seja considerada inconstitucional.
Em comunicado divulgado ontem, a WAN, que representa 18 mil periódicos e 15 mil sites de todo o mundo, expressou que a medida é “claramente” parte de uma campanha da Casa Rosada “contra a imprensa independente”, que “viola princípios fundamentais da liberdade de imprensa” e que poderia ser usada para “censurar e castigar” os meios de comunicação por comentários críticos ao governo.
“Acreditamos que a medida, que impõe o controle governamental sobre a empresa privada, é um passo para trás da Argentina e provocará um dano à reputação internacional do país”, alertou o comunicado. “A medida permite a interferência do governo na imprensa, com a desculpa de manter a diversidade dos meios de comunicação. Este argumento é ainda mais absurdo na era digital, quando os meios de comunicação são mais diversos do que nunca.